De Carona...

- Luck, olhe uma garota está pedindo carona, vamos parar!
- Acho melhor não Tessa, está tarde, e nós nem sabemos quem pode ser...
Tessa avança a mão sobre a direção bruscamente fazendo com que Luck pare o carro abruptamente no acostamento, ele exclama alguns palavrões e diz que depois eles irão ter uma conversa sobre isso. Enquanto isso, timidamente a moça do acostamento se aproxima do veículo.
- Olá, você precisa de uma carona querida?
-  Tessa! - Exclama Luck.
- Eu adoraria – responde a moça de vestes brancas e cabelos vermelhos como o fogo.
A moça abre lentamente a porta e se instala no assento do meio, deixando seus olhos verdes fixos no espelho retrovisor. O carro come
ça a andar, e Tessa Liga o som para espantar o clima pesado. Mas algo estranho acontece e o rádio começa a cantar uma música em outro idioma, ela olha para Luck que simplesmente parece não notar.
- Luck você está escutando isso?
- Claro meu amor, eu adoro essa música. – Ele olha para Tessa e sorri, movimentando sua cabeça no ritmo das batidas lentas e pertubantes.Luck então começa a cantarolar o que parece uma mistura de latim com outras palavras, que possuem de fundo uma voz melancólica e gritos de socorro. Tessa desliga rapidamente o rádio e começa a admirar a paisagem da viagem para esquecer o acontecido.
Enquanto o carro anda, Tessa pega no sono. E quando finalmente acorda, o carro está distante e ela sente o corpo sacolejando, alguém a está carregando, sua mente gira, gira e gira.  Sua boca está seca e ela não sabe onde está. El adormece novamente.

- Onde estou? – Grita Tessa ao finalmente conseguir despertar de seu transe.
Ninguém a responde, a escuridão atrapalha sua visão, ela já está quase desistindo de gritar quando um vulto branco passa rapidamente na frente de seus olhos. Com toda sua força Tessa grita, grita e grita, mas nada acontece.
Depois do que pareceram horas, Luck retorna e traz em seus braços um lençol preto, Tessa se assusta e começa a chorar. Luck se aproxima, mas já não é mais o Luck, seus olhso estão negros como a noite que cobre a cidade de Kansas. Sua língua agora é semelhante a de um réptil, ágil e fina, a saliva escorre de seus lábios, enquanto ele se aproxima lentamente de Tessa. Em um sussurro ele revela o dentinho da pobre moça:
- Você não deveria ter oferecido aquela carona. Agora você vai pagar.
Ele acaricia os seios de Tessa enquanto pronuncia palavras que fazem parte de um ritual.
A moça de vestes brancas e cabelos cor de fogo se aproxima e se despe, revelando uma nudez incomum, seu corpo é branco como a neve. Luck se aproxima dela, e estende o lençol preto que carregava em suas mãos aos pés dela. Ele retorna até Tessa e retira o roupão que cobre seu corpo, deixando ela nua. Tessa chora e grita ao mesmo tempo, e seu desespero, suas clemencias fazem com que os dois fiquem mais excitados.

Luck e a desconhecida mulher, fazem sexo no lençol negro na frente de Tessa, mas no meio do ato, a moça retira uma faca de sua garganta, e começa a mutilar as partes do corpo de Luck. Em seguida ela o devora lentamente. Tessa Desmaia.
Amanhece, os Passáros cantam e Tessa Acorda pensando que tudo não passou de um sonho, mas quando ela fixa os olhos no chão, o lençol preto e os restos mortais de seu noivo Luck ainda estão lá. Algo se movimenta na parte escura da floresta. Tessa entra em alerta seu coração dispara, e em segundos ela se encontra com o ser mais horripilante que já viu em toda sua vida, é uma figura parecida com um homem vestido preto, que traz em sua faze um sorriso perturbador e lábios gigantes, seus olhos são grandes lacunas, e seus cabelos pretos tocam o chão. A misteriosa moça veste seu roupão branco novamente, enquanto lambe suas mãos, em seguida curva-se diante da criatura e pronuncia as palavras:
- Ó pai, tome o corpo dessa jovem como um presente meu.
A criatura se movimenta e levanta a moça, acaricia seus seios, e beija sua boca. Em seguida se dirige a Tessa e começa a arrastar pelos cabelos para onde se encontra sua casa.
O corpo de Tessa e os restos de Luck nunca mais foram encontrados, e então as autoridades os deram como fugitivos por terem sido vistos em fuga da cena de um crime que tinha acontecido naquela mesma noite, três crianças e seus pais haviam sido brutalmente “devorados”.


FIM

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